sexta-feira, 3 de abril de 2009

E o Ensino Superior?

Processo de Bolonha tem de ir além dos números
Editorial|opinião|29.Março.2009|Dn online

Portugal está a falhar a reforma do ensino superior imposto pelo chamado Processo de Bolonha. O alarmante alerta é feito por vários professores universitários ouvidos nesta edição pelo DN. A confirmar-se o cenário que descrevem, será uma oportunidade perdida. Mais do que isso, será um falhanço prolongado no tempo, pois terá profundas consequências naquilo que o País poderá ser no futuro.

Se é nas escolas primárias que se começam a formar os cidadãos do futuro - homens, mulheres, pais, mães, profissionais -, é nas universidades que estes são preparados para, mais tarde, assumirem as rédeas do País. Pouco importa se o fará no papel de primeiro-ministro, de empresário empreendedor ou de funcionário aplicado. O que define o valor da sua contribuição para o bem comum, o País, é o nível de exigência para o qual foi ensinado e que adaptou para si próprio.

Não é ao acaso que os países mais desenvolvidos têm universidades fortes e que os mais atrasados nesta evolução aceleram sempre que conseguem consolidar uma boa rede de formação académica.
Por tudo isto, é fundamental que o grupo de peritos encarregue de avaliar as instituições até Julho seja rigorosíssimo no seu parecer sobre o verdadeiro valor da taxa de 98% de adaptação a Bolonha que os nossos cursos apresentaram no arranque deste ano lectivo.

Porque se esta renovação for meramente plástica, como nos dizem, dentro de uns anos perceberemos que não só estagnámos como fomos ultrapassados por outros. ver noticia

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