domingo, 11 de outubro de 2009

“Há coisas que não podemos tolerar”,

“Há coisas que não podemos tolerar”,
escreveu e voltou a escrever o conhecido filósofo da ciência Carl Popper.
Faço minhas estas palavras, para afirmar que no campo da educação formal há ideias e práticas que não podemos, como pais, educadores e sociedade, continuar a tolerar.
E, não podemos continuar a tolerá-las porque estão inequivocamente erradas,
tanto sob o ponto de vista científico como sob o ponto de vista ético.


É assim que Helena Damião começa hoje um seu artigo no RerumNatura.

Muito pertinente a reflexão. Deixo o fim:

"Mas o pior é o pedido que lhe é endereçado para que “escolham uma ocorrência ou situação da vida da família (ex., aniversário, período de férias, um dia de semana, uma situação fora do comum, por exemplo, uma doença, etc.) e construam uma história relacionada com essa situação para posteriormente ser representada para os outros…”.

Bem... não sei se será mesmo o pior, pois também lhes é pedido que, “em diálogo com o grupo”, exprimam “o que pensam e sentem sobre si próprios, como pessoas e como membros da sua Família…”

O que é que as crianças aprendem com isto? Aprendem a expor-se, a serem expostas e a expor as pessoas que lhe são próximas ao conhecimento público.

Isto não é Pedagogia, nem Ética, nem Educação. Isto é perversidade!

Nota: Deliberadamente, não identifiquei o documento em causa, talvez o devesse ter feito, mas não o fiz porque como ele, infelizmente, há muitos. Depois de ter escrito este texto chegou-me às mãos outro que, ainda que pareça impossível, consegue ser pior."

Helena Damião
de Rerum Natura

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